Post n.º 200 - Avião de Papel




Foi já em Março de 2007 que comecei com esta aventura a que resolvi chamar Avião de Papel. A princípio não sabia muito bem o que iria ser este espaço. Apenas trazia a vontade de ter um pequeno livro em branco onde pudesse escrever os meus apontamentos. Aos poucos tudo foi ganhando um rumo mais ou menos tranquilo e natural e cá estou hoje a publicar o texto n.º 200. Bem sei que para cinco anos é um número muito reduzido de publicações mas também o objectivo deste humilde espaço não é ser uma bíblia ou enciclopédia. É apenas um espaço onde faço algumas das minhas anotações para quando a memória me começar a falhar de forma mais frequente. Aí, através destes textos, poderei trazer os meus amigos para junto de mim quando bem entender a cada bom episódio recordado.
Em 2007 pareceu-me engraçado começar com uma canção e depois de uma tarde sentado ao piano saiu este "Avião de Papel" que me pareceu querido na altura. Bastou juntar uma foto de um avião embrulhado num prelúdio de Claude Debussy e estavam todos os ingredientes devidamente misturados para um primeiro post e, dessa forma, iniciar esta aventura.
Como o tema ainda me continua a ser querido achei oportuno trazê-lo hoje de volta. Esqueçam a fraca qualidade da gravação e ignorem as desafinações. Foi tudo feito esta manhã à pressa mas penso que serve para o objectivo pretendido. Com um pouco mais de tempo talvez lhe acrescente um pequeno arranjo de cordas para o Avião ficar um bocadinho mais perfeito.
Resta agradecer aos resistentes que ainda teimam em passar por cá tentando encontrar-se nas minhas memórias. Sem vocês o prazer não seria obviamente o mesmo. Deixo-vos com a letra da canção. Até ao próximo texto.

Avião de Papel

Voar,
Partir,
Ir de encontro aos teus passos
Fazer asas dos meus braços...

Amar,
Sentir,
Em cada olhar teu
Um pedaço do meu céu...

Se eu pudesse voar
Pelo ar que tu respiras
Que eu quero e me tiras...
Se eu pudesse planar
Pelo vento que te toca
No céu da tua boca...
Se eu pudesse voar...

Sonhar,
Saber,
Riscar-te pelo ar
Sempre que eu puder voar...

Pousar,
E ter,
O sabor da tua pele
Nestas asas de papel...

Se eu pudesse voar
Pelo ar que tu respiras
Que eu quero e me tiras...
Se eu pudesse planar
Pelo vento que te toca
No céu da tua boca...
Se eu pudesse voar...

Se eu pudesse tocar
O mundo que desenhas
Os sonhos que tu tenhas...
Se eu pudesse guardar
O rosto que me mostras
Os gostos que tu gostas...
Se eu pudesse voar...


Letra e Música: Miguel Brandão

3 comentários:

sara disse...

" Venham mais cinco" ... mil... músicas e viagens neste "Avião" onde gosto de viajar!! : )

Catarina Pinho disse...

Oh Miguel... É um prazer saber que já são duzentas as histórias de encantar que tanto gosto me têm dado a ler. Obrigada. E esta música... Linda demais :)
Um beijinho*

Anónimo disse...

Infelizmente, não foi desde o inicio que comecei a acompanhar este teu espaço, mas facilmente me tornei seguidor assíduo. Que venham mais outras tantas publicações, cá estarei para as acompanhar :) abraço, Armindo