Indiana Jones


A primeira vez que vi um filme da saga Indiana Jones foi ainda a preto e branco. Era assim a televisão que estava pousada em cima de um armário branco na cozinha da minha pequena casa de infância. Eu andava na escola primária e lembro-me muito bem do filme ter passado na noite de consoada. Chamava-se Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida e o tema brilhantemente composto pelo John Williams andou preso na minha cabeça dias a fio. Todas aquelas aventuras, as frases cómicas, as cobras que eram confundidas com o chão a mexer fizeram as minhas delícias naquela noite. De tal forma que quando recomeçaram as aulas não se falava noutra coisa na hora do recreio. Ainda me lembro muito bem de ver o Sallah a olhar para aquelas cobras todas lá no fundo, virar-se para o Indy e dizer: "Áspides. Muito perigosas. Tu vais primeiro"... Eheheh!
No Natal seguinte a RTP fez a amabilidade de passar o segundo capítulo da série e, felizmente, voltei a marcar presença, desta vez já com uma televisão a cores. O que eu vibrei com os golpes de karaté do "baixote"...
Já adolescente haveria de ter oportunidade de ver chegar aquele que é, para mim, o melhor filme da saga: Indiana Jones e a Grande Cruzada. Lembro-me que o meu irmão viu o filme no cinema e não descansou enquanto não me contou todos os pormenores. Quando saiu em vídeo tive oportunidade de ver grande parte no liceu quando se estava em campanha para a Associação de Estudantes e a sala de convívio mais parecia eu sei lá o quê. Bons tempos... Haveria de vê-lo todinho, de princípio ao fim, com calma, em casa do amigo Pedro onde recordo a célebre frase: "Nazis. I hate this guys". Uma recordação que, felizmente, ninguém me pode tirar.
Depois foi o que se sabe. Um enorme espaço temporal até ressurgir a saga. Nesse período de tempo comecei por guardar aqui por casa as gravações vhs dos primeiros três filmes que fiz da televisão. Depois, claro. Os tempos foram passando e o vhs deu lugar ao dvd. Claro que tive que comprar o pack com a trilogia mais um dvd de material de bónus. Ainda vejo isso com alguma frequência.
Quando chegou o Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal era já um homem casado. Como um bom fã que se preze, lá assisti ao filme no cinema em plena noite de estreia. Assim que saiu em dvd, lá o fui buscar para colocar na estante junto dos filmes anteriores. Esta semana resolvi revisitá-lo. E que bem que me soube. É, definitivamente, a minha "série" favorita da sétima arte. Até porque serviu de inspiração àquele que é, na minha modesta opinião, o melhor videojogo de todos os tempos: Rick Dangerous.
Ao que parece vai mesmo surgir um quinto filme, em princípio, no ano 2012. Como prevenção, já desocupei a parte da estante do escritório ao lado dos outros quatro filmes. E tenho a certeza que o irei assistir também vezes sem conta. E sempre com o entusiasmo com que nos anos 80 conheci o Indy, era ele ainda pintado a "preto e branco".

1 comentários:

Carla Vieira disse...

a preto e branco. Ai Miguel, ja pareces mt velhote!!
hahhahaha