A Fórmula 1 e as chiclas Gorila


Hoje volta a ser dia de voltar um pouco atrás com os ponteiros do relógio do tempo. O meu último post levou-me por um caminho de queridas lembranças que resolvi revisitar. Também para saber se continuavam a ser lembranças mas, sobretudo, para ver até que ponto ainda eram queridas. E são-no, de facto. Muito. Sempre.
Depois do Benfica e de tudo o que se relaciona com o futebol, uma das minhas paixões mais antigas é a Fórmula 1. A febre foi mais uma vez transmitida pelo meu irmão e ficou até hoje. O ídolo de sempre chamava-se Nelson Piquet e, felizmente, ainda fui a tempo de assistir aos seus 3 títulos mundiais. Por essa altura o recinto da Escola Primária era o palco de todas as brincadeiras de muita da pequenada, mesmo em tempo de férias. Estou certo que nenhum deles esqueceu as vezes em que nos ajoelhávamos no chão e com a ajuda de uma pequena tábua desenhávamos os circuitos mais incríveis do universo. Era como se Jacarepaguá, Spa Francorchamps ou Monza estivessem gravadas nas arestas daquela pequena tábua mágica. E depois era pegar na carica preferida (havia quem tivesse mais de 100 diferentes) e tínhamos ali o barulho dos motores, a pole position ou até o Nelson Piquet na ponta dos dedos. Ainda conservo algumas das caricas dessa altura...
Lembro-me que a febre da Fórmula 1 era tal que até os nossos arcos que dominávamos de forma habilidosa com a respectiva "gancheta" também eram baptizados com os nomes das principais "scuderias" de F1: Brabham, Lotus, McLaren...
Por essa altura um dos nossos passatempos preferidos era também o de fazer colecções por tudo e por nada. E os célebres cromos das chiclas Gorila dominavam a preferência da canalhada. Era ainda a mítica colecção de aviões que dominava na altura e que falarei num outro post mas o vício ficou. E foi assim que um pouco mais tarde, já em 1989 e com 13 anos que acabaria por fazer e completar a colecção que vos deixo inteirinha na foto de hoje. Estão lá os capacetes de todos os pilotos da época de 1989 (os n.º 13 e 14 não estavam atribuídos) onde se destaca o nº1 de Ayrton Senna. Claro que o meu preferido era o n.11 do Nelson Piquet embora aqui já estivesse ao serviço da Lotus e numa fase bastante descendente da sua grande carreira.
Curioso é o facto de mesmo tendo passados todos estes anos eu ainda me lembrar de muitos dos nomes e respectivos números de cor. Quanto aos cromos, parecem ainda cheirar ao "tens para a troca", "empresta-me para eu mostrar ao meu irmão" ou ao "eu dou-te e deixas-me copiar no teste". Já passaram mais de 20 anos mas, mesmo assim, para os interessados, informo que ainda tenho por aqui alguns repetidos.
Um grande abraço e até breve.

3 comentários:

Prado disse...

Acho que consegui fazer a colecção dos aviões toda, ou quase! (helicópteros e máquinas voadoras incluídos)

Prado

Unknown disse...

Boa tarde, estou muito interessado nesta coleção, se me pudesse contactar por Mail, ficar-lhe-ia muito grato.
Cumprimentos,
João Costa.
marquesdacostajoao@gmail.com

ArTuReX disse...

Altamente! Nunca tinha visto a coleção completa! São só 41?
E o 13 e o 14 não faziam parte por não estar atribuídos? Eu a pensar que faltavam.
Faltam-me os 8 primeiros(degradaram-se com humidade), o 10, o 11 e o 23.