The Karate Kid

A primeira vez que entrei numa sala de cinema para ver um filme foi no já longínquo ano de 1989. Tinha apenas 13 anos e estava na Costa da Caparica, longe de toda a família, juntamente com outros adolescentes de vários cantos do país num Curso para Jovens Músicos promovido pelo Inatel. Foi um mês cheio de música, com mais de 6 horas diárias de ensaios e isto sem contar o tempo que se passava a estudar as diferentes obras que teríamos de apresentar em concerto, no final, no Teatro S. Carlos.
Numa das poucas noites em que tivemos folga, juntámo-nos e fomos ao cinema. A escolha resumia-se a dois filmes: "James Bond - Licença para matar" ou "The Karate Kid III". Optei pelo segundo e foi dessa forma que o nome Karate Kid ficou gravado na minha História. Foi o primeiro filme que vi no grande ecrã.
Lembro-me de ter saído da sala cheio de inveja do pequeno Daniel Larusso que além de ter uma carinha laroca (ainda hoje é considerado um dos maiores "teen" ídolos de sempre) dava porrada na malta com grande estilo. Não deixa de ser curioso verificar hoje que Ralph Macchio, o actor que lhe deu vida, acabou por não fazer uma carreira tão preenchida como seria de esperar.
Recordo ainda com bastante nostalgia o saudoso Pat Morita que tão bem interpretava o calmo e sábio Mr Miyagi e que apesar de na vida real não perceber nada de artes marciais, no ecrã até tinha um certo estilo...
Acabei por assistir a esta "trilogia" fazendo o caminho ao contrário: comecei, nesse dia, pelo terceiro filme. Mais tarde acabaria por ver o segundo na televisão e só depois vi o primeiro quando o Pedro o alugou no clube de vídeo.
Haveria ainda de sair um quarto filme mas já sem o Daniel-San. Dessa vez Mr Miyagi treinou a pequena (na altura) Hilary Swank. Como não podia deixar de ser também acabei por não perder esse filme por tudo o que a "série" representa para mim.
Descobri recentemente que este Verão vai estrear um novo Karate Kid. É certo que os actores serão outros até porque o Pat Morita já não podia estar "fisicamente" presente. Mas entregaram o papel ao Jackie Chan o que me parece bem. Era a escolha óbvia.
Já vi o trailer e gostei. Fico à espera da estreia. Tenho a certeza que vou voltar a ter aquela sensação de estar a entrar numa sala de cinema pela primeira vez. Acreditem que é óptimo.
Quanto ao concerto no teatro S. Carlos apenas posso partilhar que foi uma experiência única. Deixa saudades...

0 comentários: