Frédéric Chopin

1 de Março de 1810.
Há 200 anos atrás nascia um dos maiores génios de todos os tempos.
Pianista virtuoso, tornou-se, para muitos, o expoente máximo da música do Romantismo. As suas composições, essencialmente para piano, apesar da grande exigência técnica fazem da expressividade o seu grande trunfo. O "Baixo Alberti" e a música de "régua e esquadro" do Renascimento e do período Clássico ganha agora outra dimensão. Parece ganhar vida própria. Respira e sente. Parece fechar os olhos. Empolga-se ou encolhe-se. Tudo isso, por vezes, dentro de um mesmo compasso. Desde as Valsas, passando pelas Polonaise, Mazurkas, Estudos, até aos Nocturnos, é justo dizer que há um Romantismo antes e depois de Chopin.
Hoje, sentado ao piano e com os Nocturnos em frente aos meus olhos dou-me conta que os dedos já não me obedecem com a agilidade de outrora. Já estão mais longe daquilo que Chopin quereria que eu fizesse. Mas toda a minha alma está lá. Respiro, sinto e até fecho os olhos. Ainda bem a tempo de voltar a "ouvir" os conselhos sábios da minha querida professora Marília Rocha que tanta saudade me deixou. Mesmo assim, hoje, sinto perder a batalha. Mas voltarei. Espero ainda a tempo de dar a conhecer à Rita o melhor da história deste senhor. Deste e de outros. Mais ou menos como o meu pai teve a gentileza de mo apresentar tinha eu ainda uma muito tenra idade. Eu fiquei eternamente agradecido. Quanto a ti, Rita, será um enorme orgulho falar-te de Chopin sentados ao piano. Por isso, escusas agradecer...
Até já.

Miguel