Talvez o nome João Aguardela não te seja familiar. É triste.
Mesmo olhando para a foto que te deixo, mesmo assim, talvez o nome e a cara continuem a não parecer algo de familiar. É triste.
Imagina agora que te falo de um dos mentores de projectos como “Megafone”, “Linha da Frente” ou “A Naifa”. Ainda não? Nada? É triste.
E o grande obreiro e fundador, em 1987, de um grupo “rock” chamado “Sitiados”? Sim? Ainda não? É triste. Muito triste.
Pois bem…
João Aguardela vai ser homenageado por músicos e amigos em Lisboa, pelo que fez ao serviço da música portuguesa. Não serei a pessoa mais indicada para falar de todos os seus feitos. Nem mesmo de alguns. Mas sei dizer-te que a sua música andou, não poucas vezes, de mãos dadas com a minha querida adolescência. Quem não se lembra da célebre “Vida de Marinheiro” que passava nas rádios vezes e vezes sem conta e que fez com que aquele seu disco vendesse mais de 40 mil cópias? Tenho saudades. Muitas. Lembro-me da primeira vez que li o nome João Aguardela. Não sabia quem era mas só podia ser um bom músico ou não estivesse esse nome nos “créditos” da canção “A Noite” popularizada no início dos anos noventa pelos também saudosos “Resistência”. E eu tenho saudades. Também porque essas músicas cheiram às memórias desses tempos de ouro. Cheiram à minha sala antiga onde ficava dobrado no sofá com a aparelhagem ligada ao máximo. Cheiram às tardes passadas em casa do Pedro ou às tardes passadas no Cheiro Verde a jogar bilhar (ai se a minha mãe sabia!!!). Cheiram à saída do autocarro de manhã cedo, em frente ao liceu, onde se encontravam amigos para a vida como o Freitas ou o Bruno. Cheiram aos 15, 16 ou 17 anos onde não posso mais voltar e onde fui tão feliz.
João Aguardela, entre muitos outros prémios, foi distinguido em 1994 com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores. Ainda hoje, por vezes, nas grandes viagens de carro que sou forçado a fazer, quando dou por mim estou a trautear “Vamos ao circo…”
Tenho saudades. Já disse?
João Aguardela partiu aos 39 anos em Janeiro último vítima de cancro. Cedo demais, dizem. Dizemos. Mas ainda bem a tempo de cumprir a sua missão. Pela música que nos deu. Pelo menos no que a mim diz respeito.
Resta deixar um obrigado. Sincero. Sentido.
Até sempre.
Mesmo olhando para a foto que te deixo, mesmo assim, talvez o nome e a cara continuem a não parecer algo de familiar. É triste.
Imagina agora que te falo de um dos mentores de projectos como “Megafone”, “Linha da Frente” ou “A Naifa”. Ainda não? Nada? É triste.
E o grande obreiro e fundador, em 1987, de um grupo “rock” chamado “Sitiados”? Sim? Ainda não? É triste. Muito triste.
Pois bem…
João Aguardela vai ser homenageado por músicos e amigos em Lisboa, pelo que fez ao serviço da música portuguesa. Não serei a pessoa mais indicada para falar de todos os seus feitos. Nem mesmo de alguns. Mas sei dizer-te que a sua música andou, não poucas vezes, de mãos dadas com a minha querida adolescência. Quem não se lembra da célebre “Vida de Marinheiro” que passava nas rádios vezes e vezes sem conta e que fez com que aquele seu disco vendesse mais de 40 mil cópias? Tenho saudades. Muitas. Lembro-me da primeira vez que li o nome João Aguardela. Não sabia quem era mas só podia ser um bom músico ou não estivesse esse nome nos “créditos” da canção “A Noite” popularizada no início dos anos noventa pelos também saudosos “Resistência”. E eu tenho saudades. Também porque essas músicas cheiram às memórias desses tempos de ouro. Cheiram à minha sala antiga onde ficava dobrado no sofá com a aparelhagem ligada ao máximo. Cheiram às tardes passadas em casa do Pedro ou às tardes passadas no Cheiro Verde a jogar bilhar (ai se a minha mãe sabia!!!). Cheiram à saída do autocarro de manhã cedo, em frente ao liceu, onde se encontravam amigos para a vida como o Freitas ou o Bruno. Cheiram aos 15, 16 ou 17 anos onde não posso mais voltar e onde fui tão feliz.
João Aguardela, entre muitos outros prémios, foi distinguido em 1994 com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores. Ainda hoje, por vezes, nas grandes viagens de carro que sou forçado a fazer, quando dou por mim estou a trautear “Vamos ao circo…”
Tenho saudades. Já disse?
João Aguardela partiu aos 39 anos em Janeiro último vítima de cancro. Cedo demais, dizem. Dizemos. Mas ainda bem a tempo de cumprir a sua missão. Pela música que nos deu. Pelo menos no que a mim diz respeito.
Resta deixar um obrigado. Sincero. Sentido.
Até sempre.
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