Uma Bomba Chamada Etelvina

Teatro.
Mais uma vez. Duas. Três. Muitas. Sempre. O Teatro.
Já vai longe, perdido no tempo, o dia do primeiro ensaio. Éramos doze actores com montes de páginas na mão a tentar dar o primeiro sopro de vida a uma nova história. Mais um enredo cómico que chegava até nós, assim, de mansinho, num encontro de amigos. O desafio era grande mas, também por isso, bastante motivador. Aos poucos, as páginas e folhas soltas foram dando lugar aos gestos e às falas de pessoas que poderiam perfeitamente ter vivido há uns quarenta ou cinquenta anos. Primeiro de forma mais rude mas, aos poucos, de forma mais fluente e natural fui deixando de ser Miguel para dar vida ao Eduardo Rodrigues. Nos primeiros ensaios, comecei por contracenar, entre outros, com o Sr. Almeida, o Barbosa, a Cati ou o Zé Mario mas quase posso jurar que ontem, no ensaio que durou desde as 19h30 até às 00h15, eles não estavam lá. Terei contracenado talvez, e ainda bem, com o Júlio Peixinho, o Jorge Vilar, a Silvana D'Abreu ou o Dr. Ulisses Peixoto. Creio que foi tudo uma questão de ir deixando o tempo fazer aquilo que melhor sabe fazer e que é "fazer tempo".
Agora a "máquina" parece estar um pouco mais oleada. Ainda que não esteja afinada da maneira que todos pretenderíamos. Mas essa é também a história de tantas e tantas outras peças que passaram pelos palcos de Rossas ao longo dos tempos. E sempre com grande sucesso.
Talvez os "caloiros" destas andanças estejam um pouco mais apreensivos, mais nervosos. Faz parte. Todos os sacrifícios, contratempos, dificuldades... Tudo parecerá um "nada" quando no próximo sábado o pano se fechar e as palmas começarem. É das melhores sensações que se podem conseguir neste mundo. Por isso, o que há a fazer agora é, acima de tudo, aproveitar o momento, a oportunidade, o convívio, a camaradagem. Estou certo que foi sobretudo por isso que alguém, há muitos anos atrás, decidiu criar este Grupo Cultural e Recreativo de Rossas.
E é isso que queria dizer. Ou melhor... Talvez quisesse dizer mais, mas é isso o que consigo dizer.
E a estreia é já no próximo sábado, dia 18 de Julho. A peça chama-se "Uma bomba chamada Etelvina" e é uma comédia em 3 actos da autoria de Henrique Santana e Ribeirinho. Os bilhetes já se encontram à venda. Aparece. Verás que valerá a pena.

Sinopse:

Imagine que Dona Etelvina, uma famigerada megera, vai ser sogra de um tal Rodrigues. Imagine ainda que, há uns meses atrás, o Rodrigues andou por Espanha onde teve uma aventura com Silvana, uma dançarina de cabaret a quem também prometeu casamento.
Os problemas começam quando na véspera do casório, Silvana aparece na casa da Dona Etelvina para chantagear o Rodrigues.
Sem saber o que fazer, Rodrigues inventa que Silvana é mulher do ilustre Doutor Ulisses Peixoto, um professor seu amigo que virá no dia seguinte ao casamento. Para seu desespero, o professor aparece inesperadamente instalando o caos na casa de Dona Etelvina. Como se não bastasse, acaba por aparecer também a verdadeira esposa do professor.
Uma comédia de enganos e trapalhadas, escrita por Henrique Santana e Ribeirinho, capaz de proporcionar momentos verdadeiramente hilariantes!

A Peça
Uma bomba chamada Etelvina

Autores
Henrique Santana e Ribeirinho

Encenação e Adaptação
Fernando Antunes

Elenco e Ficha Técnica

Etelvina Pires: Maria José Costa
Júlio Peixinho: António Almeida
Clara: Ana Maria Tavares
Eduardo Rodrigues: Rui Miguel Brandão
Manuela: Liliana Almeida
Inácio Pires: Fernando Brandão
Aurélio de Meneses: Emanuel Soares
Jorge Vilar: Carlos Barbosa
Gertrudes: Isabel Brandão
Silvana D'Abreu: Cátia Almeida
Dr. Ulisses Peixoto: José Mário Brandão
Eugénia Peixoto: Elvira Tavares

Cenário: Isabel Almeida
Luz e Som: Carlos Filipe Amaral
Ponto: Fernando Antunes
Figurinos: Manuel Campos
Apresentação: Sandra Rocha
Pano: Joaquim Silva
Direcção de Actores: Fernando Antunes

A todos os que colaboraram connosco e tornaram possível este espectáculo o nosso muito obrigado.

Visita-nos em www.gcrr.aroucanet.com

0 comentários: