O Rum Tum Tugger e o Leoxinho...

Há já alguns anos atrás uma equipa de reportagem foi algures para a América do Sul fazer um trabalho sobre uma tribo de índios que se estava a extinguir. O trabalho, já difícil por natureza, foi ainda mais dificultado quando a equipa de reportagem começou a tirar todas as “maquinetas” e “apetrechos” necessários e que os índios desconheciam e por isso não viam com bons olhos. Diz a história que essa dificuldade durou apenas até ao momento em que os repórteres mostraram a esses mesmos índios as primeiras imagens captadas. A partir desse momento os índios começaram a pular, a gritar e a dançar na maior das alegrias. Diz o repórter que ao ver tal situação quis saber o porquê de tal reacção e obteve a seguinte resposta: “Conseguimos a eternidade! Conseguimos a eternidade!”. De facto, os índios viam naquelas imagens uma forma de serem eternos.

Caros amigos…
O meu percurso pelos caminhos dos blogs começou no dia 30 de Setembro de 2006 com a criação do meu querido fotolog ao qual chamei “Rum Tum Tugger”. Com ele, escrevi os textos que me deram maior prazer. Foi também com ele que visitei lugares onde sempre gostei de tornar. Sempre. Sempre. E o lugar que mais me agradava visitar era o “Leoxinho” que tantos e tão bons momentos me proporcionou. Com o passar do tempo, outras responsabilidades surgiram e tanto o Rum Tum Tugger como o Leoxinho pararam. Pararam no tempo. Mas estavam lá... Quanto mais não fosse ajudavam a sentir o cheiro da saudade. Mesmo sem novidades, foram muitas as vezes que continuei a passar por lá, por muitas das “divisões” da casa, perdidas lá mais para trás no tempo!!! Eu sei, é uma forma estranha de estar na vida mas não sei fazê-lo de outra forma…
O Rum Tum Tugger continua lá embora escondido com o nome de Estrela-do-Mar. Apesar de parado, deixei-o com todas as portas abertas para que possas andar livremente pela “casa” sempre que queiras lá tornar.
Quanto ao “Leoxinho”, descobri recentemente que tinha sido “demolido”. E o cheiro da saudade transformou-se em poeira, onde, com os dedos, ainda consegui rabiscar algumas óptimas lembranças. Porque alguns dos teus posts (até chegámos a fazê-lo em conjunto nalgumas datas, lembras?) e dos meus coments, posso continuar a vê-los de “olhos fechados”. Mesmo aqui tão perto.
E desculpem este meu pequeno desabafo mas não podia ficar calado ao ver partir um pedaço de vida que julgava ter sempre à mão…
Felizmente o amigo responsável por tão boas recordações continua sempre presente, sempre amigo, a quem estou a dever muito do meu tempo e inúmeros jantares… E prometo pagar um por um… Todos!!!
Um forte abraço amigo Leo. Um forte abraço.
E apenas mais uma coisa…
Com a minha história inicial, queria apenas dizer-te que continuo a ter presente muitas das imagens do “Leoxinho”. E é por isso que aqui, sozinho, também faço muitas vezes como os índios e desato aos pulos… Porque com essas imagens que soubeste gravar em mim, estavas a conquistar a “eternidade”. E haverá algo melhor do que uma amizade eterna?
Estás cá dentro. Sempre.

3x4=D

Miguel

P.S. Ainda falta um outro post que te prometi… Sairá brevemente…

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