D'Artacão e os Três Moscãoteiros - 29 de julho nos cinemas

 

No próximo dia 29 de julho vai estrear nos cinemas portugueses um filme do D'Artacão.
Andava ainda na escola primária quando o D’Artacão aterrou na RTP1. Na altura, fui alertado para a qualidade da série pelo Eduardo, meu grande amigo de infância. Os episódios passavam aos sábados ao início da tarde, precisamente no mesmo horário em que o meu pai abria a biblioteca escolar para todos os meninos que quisessem requisitar livros para ler em casa. Uma das vantagens de ser filho de um professor foi ter conseguido que o meu pai alterasse o horário de atendimento para que assim eu e todos os meus amigos pudéssemos ver o nosso novo herói sem prejuízos das nossas leituras extracurriculares.
Lembro-me de sofrer verdadeiramente com todo o desenrolar da história. Qualquer armadilha ou imprevisto quase me fazia chorar tal era a minha identificação com os heróis da série. Quem não se lembra do colar de pingentes de diamantes, do Falcão Azul (adorei o episódio em que apareceu; a voz do António Feio ainda ressoa no meu cérebro), ou daquele episódio em que após várias provas D’Artacão quase se tornou Moscãoteiro (fiquei tão triste quando não conseguiu)?!
No antigo quiosque de baixo comprei algumas saquetas (poucas, pois os meus pais nunca foram de alimentar esses pequenos vícios) onde vinham uns autocolantes circulares, uma chiclete e ainda um pequenino boneco pela modesta quantia, creio, de 5$00. Lembro-me do meu amigo Eduardo ter ido a minha casa num fim de tarde apenas para me mostrar um soldado que lhe tinha saído numa das carteiras. Que memórias tão boas. Na verdade, esta série, para além de toda a nostalgia, recorda-me muito a turma de alunos da minha mãe, em particular os bons amigos Eduardo e Paulo Daniel. Motivo mais do que suficiente para querer ver este filme que estreia já no próximo dia 29 de julho.
Quem não sente já saudade do Pom, do Mordos, do Dogos, do Arãomis, do Richelião, do Conde de Rocãoforte (mais conhecido como Bigode Preto), do Senhor de Treville, da Julieta, do Rofty ou do Widimer?
Pelo que vejo na internet, a banda sonora composta por Guido e Maurizio de Angelis está ainda mais refinada, superiormente interpretada por uma belíssima orquestra.
Vou preparar as pipocas e já venho.
Mais alguém com saudades de um filme assim?

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