Ola Swing brilhou na Feira das Colheitas...

Longe vão os tempos da Quickband. Longe no tempo mas bem perto na memória e na saudade.
Temas como Bill Bailey, Corta-Mato Musical, Endless Love ou Trombone de Sonho são agora apenas motivo de conversas nostálgicas de músicos um pouco mais antigos nestas andanças e que gostam de regressar ocasionalmente a outros tempos que são frequentemente conhecidos como "difíceis, mas melhores"... E eu lembro-me bem de como eram feitos esses dias e de ter dado os meus primeiros passos no piano tendo esses clássicos por companhia.
Os tempos agora são outros e o repertório também. A qualidade, essa, sempre esteve sustentada em patamares elevados. Porém, torna-se sempre possível procurar um som mais refinado, inebriante ou até mesmo suculento... Perfeito, diria eu!
Agora, até esteticamente estamos muito melhor. O pormenor das estantes, as roupas ou as gravatas... O excelente som sempre proporcionado pelo amigo Franklin e a sua trupe, enfim... E o toque final de termos duas vozes poderosas: A Micaela e o Mendonça que emprestam qualidade a toda a música que procuramos construir em conjunto.
Sabe bem fazer parte de um grupo como este. É reconfortante. É trabalhoso e exige bastante de nós mas nada comparável com a sensação que ficamos quando nos deparamos com o resultado final.
E foi assim que aconteceu mais um concerto da Ola Swing em plena feira das Colheitas. Um concerto "emocionado" pois todos sentimos a falta do nosso "padrinho". A qualidade esteve sempre presente e notou-se uma boa reacção do público. Até mesmo quando o teclista teve que se ausentar por uns momentos por motivos de força maior... Eheheh!
Finalmente as pessoas parecem começar a acordar para a qualidade musical que existe nas gentes de Arouca.
Também por isso ficou no ar a certeza de um regresso. Ainda bem. Nós agradecemos. Os arouquenses também, certamente.

Miguel

P.S. Damos conta que os anos passam de uma forma rapidamente assustadora quando olhamos para a nossa foto e já identificamos um ar paternal...